Terapia ocupacional

Terapia Ocupacional na Seletividade Alimentar

O terapeuta ocupacional  aborda diferentes habilidades dos sistema sensorial aplicadas à alimentação. Vamos entenderum pouquinho mais sobre?

A integração sensorial segundo Ayres (1979) e Dunn (2001) é definida como um processo neurofisiológico do sistema nervoso central em organizar, processar e modular as informações que são apresentadas pelo sistema sensorial, sendo esse: o visual, olfativo, gustativo, tátil, auditivo, vestibular e proprioceptivo. A partir da integração desses sistemas, somos capazes de responder de forma adequada aos estímulos e situações diárias que o ambiente traz para nós. Contudo, caso isto não aconteça adequadamente, podemos ter Distúrbio do Processamento Sensorial (DPS).

A pobreza na integração sensorial cria dificuldades para a criança entender o próprio corpo e pode acarretar prejuízos na capacidade da criança participar de modo satisfatório nas atividades de vida diária como a alimentação. 

 

A alimentação envolve diferentes aspectos da vida de um individuo. É uma forma de explorar, experimentar e vivenciar diferentes processos e situações de vida. O brasileiro trata a alimentação muito mais do que como nutricional, e sim como um momento social, de afeto e de trocas. A alimentação também é capaz de fornecer saúde, por isso, muitos pais nos anos iniciais ficam em alerta sobre a alimentação da criança. 

 

O processamento sensorial não é simples, isto porque um mesmo alimento pode ter diferentes sabores, cheiros, cores, e produzir diferentes ruídos durante a alimentação. Assim, uma alteração neste processamento pode gerar desde apenas a negativa à alguns alimentos (seletividade alimentar) até uma recusa alimentar. 

seletividade-alimentar
Camila Recco

Camila Recco

Terapeuta Ocupacional pela Universidade de São Paulo (USP).