A saúde auditiva faz parte do desenvolvimento infantil — e saber quando fazer exames auditivos é essencial para garantir que a criança tenha uma evolução saudável na fala, na linguagem e na aprendizagem. Muitas famílias só buscam avaliação quando percebem sinais claros, mas a verdade é que o acompanhamento auditivo infantil deve ser preventivo, assim como vacinas, consultas ao pediatra ou idas ao dentista. Entender essa periodicidade ajuda a evitar atrasos no desenvolvimento e a identificar precocemente qualquer alteração na audição.
A audição muda ao longo da infância. Ela pode ser influenciada pelo crescimento, pelo amadurecimento neurológico, por alergias, resfriados, acúmulo de secreção no ouvido médio e até pela convivência com outras crianças na escola. Por isso, mesmo sem sintomas, os profissionais de fonoaudiologia infantil recomendam monitorar a audição regularmente com exames como audiometria infantil, impedanciometria e emissões otoacústicas.
As principais diretrizes sugerem avaliar:
• Ao nascer, com o Teste da Orelhinha;
• No primeiro ano, especialmente quando existem fatores de risco para perda auditiva;
• Anualmente na infância, com mais atenção durante a fase escolar, quando dificuldades auditivas podem impactar diretamente a aprendizagem, o comportamento e a socialização.
Realizar os exames auditivos de forma periódica oferece benefícios importantes: favorece o desenvolvimento da linguagem, melhora o desempenho escolar, auxilia na socialização e fortalece a autoestima da criança. Quanto mais cedo investigamos, mais eficaz é a intervenção — quando necessária.
Cuidar da audição é parte do cuidado integral. É acompanhar o crescimento de maneira preventiva, gentil e consciente, garantindo que a criança tenha todas as ferramentas para se comunicar, aprender e explorar o mundo ao seu redor.
Fga. Karina Yuka
Fonoaudióloga com experiência em Avaliação Audiológica Infantil (Audiometria, Impedanciometria e Audiometria com Reforço Visual) com ênfase em Processamento Auditivo Central.
