Existe idade esperada para as primeiras palavras!
Geralmente, ao completar 12 meses esperamos que a criança produza pelo menos duas palavras (mama, papa, “aga” para agua, entre outras possibilidades). Quando isso não ocorre, é sempre necessário analisar outras questões como os marcos do desenvolvimento motor e também aspectos comportamentais. Ainda, caso a criança complete 18 meses e ainda não produz palavras, ela deve procurar um profissional com expertise em linguagem e fala infantil.
Mas o que pode atrasar a fala?
A fala sofre influência de diversos fatores, como por exemplo, genéticos e ambientais. Os atrasos de fala relacionados à estimulação ambiental tem uma tendencia a responder melhor a intervenção, e quanto antes for iniciado o acompanhamento, melhor é o prognóstico.
O mesmo ocorre com os transtornos que apresentam fatores hereditárias, contudo a resposta destas crianças a intervenção requer um pouco mais de tempo. Ainda, existem alterações de linguagem que decorrem de outros quadros, e estes geralmente são acompanhados por uma equipe multidisciplinar. E o fonoaudiólogo responsável avaliará e irá propor o caminho terapeutico para os aspectos de linguagem.
Por isso, atente-se: por mais que cada criança tenha um ritmo único, existem os marcos que são relevantes rastreios para possíveis alterações.
![Fga. Me. Heloisa Gonçalves](http://therapycenter.com.br/wp-content/uploads/2020/06/nathalliafotografia-114-200x300.jpg)
Fga. Me. Heloisa Gonçalves
Fonoaudióloga formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana (2019) e doutorado em andamento no programa de Distúrbios da Comunicação Humana da UNIFESP - Escola Paulista de Medicina. Além disso, tem experiência nas alterações de fala infantil, como: Apraxia de Fala na Infância, Autismo, Comunicação Alternativa (PECS), Atraso na Fala e Transtornos no Desenvolvimento de Fala e Linguagem. Ainda, atua com treinamento e orientação parental e estimulação precoce. Em 2020, participou da escrita de capítulo do livro da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia: Estratégia e orientações em linguagem: um guia em tempos de COVID 19.